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A tecnologia de desativação de cilindros pode agora chegar aos motores de três e quatro cilindros, segundo indicou um alto responsável da Bosch no território americano.

O Vice-Presidente nos Estados Unidos para os sistemas de engenharia nos motores a gasolina da Bosch, Heiko Weller, revelou que a marca investiga a implementação de sistemas de desativação de cilindros para motores de menores dimensões. “É algo em que estamos a trabalhar. É possível e o potencial existe”, afirmou Weller, referindo-se a esta tecnologia, que já comprovou a sua eficácia nos motores V6 e V8 e que poderá surgir agora também nos blocos com três e quatro cilindros.Normalmente a desativação de cilindros em motores de maior capacidade revela-se um problema menos complexo, mas o desafio é considerado muito maior nos propulsores de menores dimensões, já que será necessário começar a trabalhar a meio gás sem que isso seja percétivel para o condutor, além de se efetuar a alteração com total suavidade. A ideia será utilizar este sistema em autoestrada, através da reprogramação da eletrónica, para que os cilindros possam ser novamente ativados em caso de necessidade, como ao efetuar ultrapassagens. De acordo com as perspetivas da Bosch, o ganho na eficiência poderá situar-se entre os 4% e 5%, o que significa, por exemplo, que modelos que estejam pouco acima das 90g/km de CO2 podem passar para números abaixo desta fasquia, algo importante na “batalha nas normas ambientais Euro”.

A tecnologia de desativação de cilindros foi utilizada em modelos de produção desde 1981, com a Cadillac e a Alfa Romeo, mas sem nunca conseguir alcançar os resultados pretendidos. No entanto, a evolução desta tecnologia tem vindo a ser trazida novamente para a ribalta, especialmente pela mãos dos fabricantes germânicos. Depois da Daimler ter implementado a tecnologia nos propulsores V12 em 1999, esta começou a generalizar-se nos motores de maiores dimensões a partir da última década, e já em 2012 foi a Volkswagen a revelar um protótipo tetracilíndrico capaz de funcionar apenas com 50% da capacidade. Mais recentemente, já este ano, a Ford revelou também um motor tricilndríco Ecoboost 1.0 que conseguia efetuar a desativação de cilindros. A Bosch vê esta tecnologia no mercado especialmente nos motores de quatro cilindros 2.0L com caixa manual de seis velocidades e injeção indireta PFI, com Heiko Weller a indicar que isto ocorreria “numa combinação de tecnologias que pode obter uma redução de 20% nos consumos. Não é preciso avançar diretamente para a eletrificação”

fonte: Sapo Turbo

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