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Um texto da Razão Automóvel pelo jornalista Guilherme Costa:

Se há modelo que faz todo o sentido ser 100% elétrico é o Smart Fortwo. O seu carácter citadino combina de forma exemplar com as características dos motores elétricos: baixo ruído de funcionamento, facilidade de condução e performance imediata (o binário máximo está disponível desde o arranque).

E nem a autonomia é um problema. A distância que os utilizadores deste tipo de automóveis percorrem diariamente pode ser suprida facilmente pela autonomia anunciada de 160 km do novo Smart Fortwo (155 km no Forfour).

Campeão da cidade. Sem dúvida.

 

É certo e sabido que as restrições à circulação de veículos com motor de combustão vão aumentar, principalmente nas cidades, onde o foco de poluição é maior.

A resposta natural a estas mudanças são os modelos elétricos, adaptados à «selva urbana» e às diretivas ambientais cada vez mais exigentes. O novo Smart Fortwo Electric Drive é uma dessas respostas naturais à crescente exigência ambiental.

E foi precisamente em cidade, nas ruas apertadas de Toulouse, que o Smart Fortwo Electric Drive melhor deu conta de si.

Os 82 cv de potência e 160 Nm de binário desenvolvidos pelo motor de origem francesa (Renault), associado a uma bateria de iões de lítio de 17.6 kWh (produzidas pela Mercedes-Benz, com 8 anos de garantia ou 100.000km) e uma caixa de relação única dão muito bem conta de si. Em conjunto permitem imprimir ritmos bastante animados ao pequeno citadino alemão.

E mesmo as ligações em vias rápidas foram feitas sem qualquer problema. Facilmente atingimos os 120 km/h – a velocidade máxima está limitada a 130 km/h.

Neste modelo, as acelerações dos 0 aos 60 km/h cumprem-se nuns escassos 4,9 segundos. É garantido que nos arranques nos semáforos vão ficar a ver muitos carros pelo espelho retrovisor.

A autonomia ainda é um problema?

Os 160 km de autonomia anunciados pela marca (ciclo NEDC) deverão corresponder a cerca de 110 km de autonomia em condições reais. Durante este teste conseguimos alcançar consumos de apenas 15,1 kW/100 km.

Valores mais que suficientes para a maioria dos condutores europeus, pelo que em condições normais, a autonomia dos Smart Electric Drive não será um problema.

E quando a bateria acabar, os carregamentos também não serão um problema. Ligado a uma tomada «normal» o Smart repõe 80% da carga em 6 horas. No caso de haver uma wallbox dedicada bastam 3h30. Mas é possível carregar a bateria em apenas 45 minutos dotando o Smart de um carregador mais potente (opcional).

E para que saibas sempre como está o carregamento do teu Smart, a marca alemã disponibiliza uma app onde podes monitorar em tempo real o estado de carregamento da bateria. Bastante… “smart”!

Dinamicamente igual a si mesmo

 

Não fosse a ausência de ruído do motor de combustão, seria praticamente impossível detetar diferenças dinâmicas entre os Smart «normais» e os Smart Electric Drive.

Apesar do peso das baterias, graças à colocação das mesmas numa posição bastante baixa (ao centro da plataforma), ninguém vai notar diferenças no comportamento deste Smart elétrico. Ágil, simples e muito fácil de controlar. Estacionar é (naturalmente…) uma brincadeira de crianças.

Conclusão

 

Depois de ter conduzido este Smart elétrico durante dois dias fiquei com a sensação que todos os Smart deveriam ser Electric Drive. Foi de longe o melhor Smart que conduzi até hoje. As versões Electric Drive são definitivamente a melhor interpretação do conceito citadino da marca alemã.

Fonte: https://www.razaoautomovel.com/2017/02/smart-eletrico-eletric-drive

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